terça-feira, 30 de outubro de 2007

Resumo do Filme: O Sorriso de Monalise




O filme O SORRISO DE MONALISA (1993), tem como principal ambiente a Welley College, escola feminina tradicionalista do início da década de 50.

No trailler, a professora de história da arte Katherine Watson (Julia Roberts), educadora liberal para os conceitos da época, tenta, através da história da arte, despertar nas alunas questionamentos sobre as escolhas que elas devem fazer em suas vidas.
A professora se contrapõe aos padrões sociais vigentes e aos conceitos machistas predominantes na época.

A mulher da década de 50 era educada para ser uma boa mãe e esposa. O momento mais feliz de sua vida seria, sem dúvida, o momento de subir ao altar e se tornar uma senhora respeitável perante a sociedade. Ter filhos não era uma escolha, mas sim uma obrigação.

Assim, dentro deste ambiente tradicionalista a professora tem um comportamento liberal, moderno, para os padrões vigentes. Os pais e a direção da escola apoiam as tradições e estimulam as alunas a seguir os padrões de comportamento "corretos".
A diretora, com o apoio dos pais, dita as questões que devem objeto de estudo em sala de aula. Este comportamento se reflete, inclusive na vida pessoal de alunos e professores.

Uma das partes mais marcantes do filme é o momento em que a diretora da escola, sutilmente, diz a Katherine que ela ensine menos arte moderna se quiser continuar a faze parte do quadro de docentes para o próximo ano.
Ainda no início do filme, a passagem na qual a enfermeira Amanda é demitida mostra o pensamento das alunas e da direção da escola. A enfermeira que distribui anticoncepcionais para alunas é denunciada por uma aluna (Betty) no editorial da escola, fato que a sua expulsão do estabelecimento de ensino.
Dos momentos de aprendizagem, muito interessante é o quadro no qual Katherine leva as alunas para conhecer um quadro de Jackson Pollack. Lá, a professora pede que as alunas apenas apreciem o quadro. Nesta passagem podemos observar que ela quer que suas alunas tenham suas próprias opinões e não se orientem apenas pelos manuais acadêmicos.

Dentro do enredo, a personagem Katherine também vive marcantes conflitos individuais – ela tem que escolher entre a vida amorosa e o trabalho.

De grande emoção é o momento em que a aluna Betty se casa e logo depois descobre que é traída por seu marido. Ela sente que o casamento, por si só não trás felicidade. A partir daí ela se abre para tudo aquilo que a professora chamava atenção, pensa até em ingresar na universidade.

Interessante notar que dentro da visão tradicionalista e cheia de “clichês” da época, não havia meios da mulher conciliar seu lado profissional com o lado esposa e dona de casa. Uma escolha importava em renunciar a outra.

Em vários momentos do filme a protagonista tenta alertar as alunas para o desenvolvimento pessoal, para o questionamento, para o pensar.
Ao fim do ano letivo, a renovação do contrato de Katherine depende de várias condições, como por exemplo, levar à direção da escola seu plano de aula para aprovação. A professora sai da escola, mas leva consigo a amizade, o carinho e admiração das alunas.

Contribuição para a prática docente:

O filme mostra que o professor deve levar o aluno a pensar, a questionar os fatos. O ensino é algo que se aprende dia a dia, é uma troca de experiências entre os alunos e professores.

A discussão em sala de aula é saudável e todos ganham com isso. Modelos prontos estão fadados a falência. Não importa a matéria a ser lecionada, o bom docente é aquele que leva seu aluno a pensar.

No ensino superior, muitas das vezes, os conceitos já vem prontos e o aluno recebe as informações sem muitos questionamentos. Neste contexto, deve professor incentivar e estimular novos pontos de vista, sempre com o objetivo de proporcionar ao aluno maior crescimento dentro da matéria. Esta conduta trás benefícios para o aluno como profissional e como pessoa.